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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

A Coleção



colecionar
co.le.ci.o.nar
(lat collectione+ar2) vtd 1 Fazer coleção de. 2 Coligir; compilar. 3 Reunir objetos, dados, insetos etc. e classificá-los.

Co.le.ção sf. 1. Conjunto ou reunião de coisas, pequenas ou grandes, que têm a mesma natureza ou que guardam alguma relação entre si. É assim que o dicionário define “coleção”, de forma simples e precisa. Co.le.ci.o.nis.mo: é como os adeptos deste hobby definem a prática de colecionar.

A ARTE DE COLECIONAR


O ser humano sempre teve uma fascinação por juntar coisas, contemplar, colecionar, algo de seu desejo ou não. Não é a toa que temos museus, zoológicos, bibliotecas, álbuns de figurinhas, … Pode-se dizer que a necessidade de conhecer, e juntar coisas deu origem também as enciclopédias, e posteriormente a gama base de dados de tudo que se conhece.
Atualmente o colecionismo forma mercados, cria galerias, estimula leilões e estabelece grandes mostras, une grupos por afinidades.

O colecionismo é praticado por pessoas em todo o Mundo. Existem coleções de todo tipo, inusitadas – desde colecionar patos de borracha até barras de sabão e também as mais comuns e frequentemente observadas – como selos, cartões postais, moedas, figurinhas da Copa do Mundo, latas de cerveja, tampinhas de garrafas entre outras.

Colecionar envolve paixão. Os automóveis são uma das maiores paixões mundiais da atualidade, e colecioná-los é uma atividade muito bem vista, mas, exige uma condição financeira favorável. Mesmo assim, alguns aficionados por modelos sobre quatro rodas encontraram uma forma mais acessível de demonstrar seu apreço: através de miniaturas.
Pelo que se tem notícia, os carros em miniaturas começaram a aparecer no Brasil por volta de 1960, quando a Empresa Rolly Toys, com sede no Rio de Janeiro/RJ, fabricou miniaturas de modelos DKW, VW 1200, Kombi e Jeep.

As décadas de 60 e 80 foram os períodos em que as empresas estrangeiras perceberam o potencial do colecionismo de carros em miniaturas no País e começaram a fornecer o material para que as mesmas pudessem ser produzidas em solo brasileiro. Não é à toa que o mercado de veículos em miniatura do Brasil é considerado o segundo maior Mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

COLECIONAR: OBSESSÃO OU INVESTIMENTO

Há homens que colecionam sonhos, sombras, memórias, cavalos, automóveis, mulheres e pesadelos. Uns guardam dinheiro. Outros guardam livros e quadros em estantes, paredes ou em cofres fortes. Que delírio poético e econômico norteia esses seres que passam a vida colecionando coisas? Que instinto fez com que os primeiros homens guardassem os fósseis e as pedras trabalhadas pelo tempo e pelo vento? Que desejo é esse que faz com que os meninos organizem álbuns de figurinhas e as meninas pétalas de rosas ou asas de borboleta nos diários?

A verdade é que o colecionador é uma espécie de SER-INnatura que tenta elaborar com imagens ou objetos inconscientemente parte de sua PRÓPRIA HISTÓRIA. 


COLEÇÕES:  HOBBY OU TRANSTORNO

 
Quem nunca fez uma coleção, por menor que tenha sido? O colecionismo é uma prática habitual, mas, quando se transforma em algo exagerado, é sintoma de um problema psicológico e pode ocasionar um transtorno obsessivo compulsivo. 
 
Selos, relógios, chapéus, autógrafos, miniaturas, filmes, postais, caixas de fósforos, carrinhos, bonecos, moedas antigas, figurinhas, revistas em quadrinhos, livros, souvenirs, dedais, chaveiros, cadernos... A lista de objetos de coleções comuns por aí é tão extensa como a lista das razões que levam as pessoas a iniciarem e ampliarem cada vez mais suas coleções. 
 
Alguns colecionadores, começam seu hobby pelo simples prazer de reunir itens, enquanto outros buscam uma maneira de relaxar nas horas vagas. Desestressar.

Há aqueles, que se iniciam na atividade de maneira despreocupada, juntando objetos sem maiores pretensões, até descobrirem o prazer da prática e não conseguem ou não querem mais parar. 
 
Há ainda quem comece por um fato específico, como ao ajudar os filhos colecionadores ou ao descobrir e desfrutar de uma coleção de outra pessoa. 
 
No entanto, em determinadas ocasiões, o desejo de colecionar, em princípio prazeroso e inofensivo, pode se transformar em um transtorno psicológico caso sejam ultrapassados certos limites, como acaba de demonstrar uma recente pesquisa feita por especialistas da Universidade de Granada, na Espanha.

Do hobby à obsessão

Quando esta atividade é cultivada de forma controlada, colecionar objetos é benéfico do ponto de vista psicológico, já que permite desenvolver habilidades e atitudes muito positivas para o indivíduo, como a perseverança, a ordem, a paciência e a memória, explica a professora Francisca López Torrecillas, do Departamento de Personalidade, Avaliação e Tratamento Psicológico da Universidade de Granada.
 
Mas, segundo a especialista em dependência, colecionar objetos também pode se transformar em um problema, já que "a excessiva pressão e o bombardeio publicitário para promover todo tipo de coisas colecionáveis pode fazer com que as pessoas com tendência a sofrer um transtorno obsessivo compulsivo desenvolvam esta patologia psicológica". 
 
A professora afirma que nos últimos anos "foi detectado um aumento muito grande" de casos em que o colecionismo exagerado gerou um Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) ou um vício nas compras. "Colecionar objetos de maneira exagerada é um sintoma do TOC, um grave problema psicológico (que tem como uma de suas variantes a 'Síndrome de Diógenes', que é acumular grandes quantidades de lixo dentro de casa), e da dependência do ato de comprar, duas doenças mentais que afetam aproximadamente 12% da população". 
 
Segundo Francisca, "características como uma excessiva necessidade de controle, o perfeccionismo e a meticulosidade são muito frequentes nas pessoas que têm como hobby colecionar objetos, mas também estão muito relacionadas com os transtornos psicológicos mencionados".

Para a pesquisadora, o colecionismo pode se transformar em obsessão - e, portanto, em um problema - "naqueles sujeitos que apresentam uma vulnerabilidade pessoal", isto é, "têm baixa autoestima, dificuldade de se relacionar e de lidar com obstáculos". 
 
Quando surge este sentimento de ineficácia pessoal, "o colecionismo compulsivo os ajuda a se sentir melhor", segundo a especialista. No entanto, Francisca diz que ainda é necessário "aprofundar os estudos sobre este âmbito de pesquisa".

Fonte:http://saude.terra.com.br/colecoes-hobby-ou-transtorno-saiba-mais,82788c3d10f27310VgnCLD100000bbcceb0aRCRD.html

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