colecionar
co.le.ci.o.nar
(lat collectione+ar2) vtd 1 Fazer coleção de. 2 Coligir; compilar. 3 Reunir objetos, dados, insetos etc. e classificá-los.
Co.le.ção sf.
1. Conjunto ou reunião de coisas, pequenas ou grandes, que têm a
mesma natureza ou que guardam alguma relação entre si. É assim que
o dicionário define “coleção”, de forma simples e precisa.
Co.le.ci.o.nis.mo: é como os adeptos deste hobby
definem a prática de colecionar.
A ARTE DE COLECIONAR
O
ser humano sempre
teve uma fascinação por
juntar
coisas, contemplar, colecionar, algo de seu desejo ou não. Não é
a toa que temos museus, zoológicos, bibliotecas, álbuns de
figurinhas, … Pode-se dizer que a necessidade de conhecer, e juntar
coisas deu origem também as enciclopédias, e posteriormente a gama
base de dados de tudo que se conhece.
Atualmente
o colecionismo
forma mercados, cria galerias, estimula leilões e estabelece
grandes mostras, une
grupos por afinidades.
O colecionismo é
praticado por pessoas em todo o Mundo. Existem coleções de todo
tipo, inusitadas – desde colecionar patos de borracha até barras
de sabão e também as mais comuns e frequentemente observadas –
como selos, cartões postais, moedas, figurinhas da Copa do Mundo,
latas de cerveja, tampinhas de garrafas entre outras.
Colecionar envolve
paixão. Os automóveis são uma das maiores paixões mundiais da
atualidade, e colecioná-los é uma atividade muito bem vista, mas,
exige uma condição financeira favorável. Mesmo assim, alguns
aficionados por modelos sobre quatro rodas encontraram uma forma mais
acessível de demonstrar seu apreço: através de miniaturas.
Pelo que se tem
notícia, os carros em miniaturas começaram a aparecer no Brasil por
volta de 1960, quando a Empresa Rolly Toys, com sede no Rio de
Janeiro/RJ, fabricou miniaturas de modelos DKW, VW 1200, Kombi e
Jeep.
As décadas de 60 e
80 foram os períodos em que as empresas estrangeiras perceberam o
potencial do colecionismo de carros em miniaturas no País e
começaram a fornecer o material para que as mesmas pudessem ser
produzidas em solo brasileiro. Não é à toa que o mercado de
veículos em miniatura do Brasil é considerado o segundo maior
Mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
COLECIONAR: OBSESSÃO OU INVESTIMENTO
Há
homens que colecionam sonhos, sombras, memórias, cavalos,
automóveis, mulheres e pesadelos. Uns guardam dinheiro. Outros
guardam livros e quadros em estantes, paredes ou em cofres fortes.
Que delírio poético e econômico norteia esses seres que passam a
vida colecionando coisas? Que instinto fez com que os primeiros
homens guardassem os fósseis e as pedras trabalhadas pelo tempo e
pelo vento? Que desejo é esse que faz com que os meninos organizem
álbuns de figurinhas e as meninas pétalas de rosas ou asas de
borboleta nos diários?
A
verdade é que o colecionador é uma espécie de SER-INnatura que
tenta elaborar com imagens ou objetos inconscientemente parte de sua
PRÓPRIA HISTÓRIA.
COLEÇÕES: HOBBY OU TRANSTORNO
Quem
nunca fez uma coleção, por menor que tenha sido? O colecionismo é
uma prática habitual, mas, quando se transforma em algo exagerado, é
sintoma de um problema psicológico e pode ocasionar um transtorno
obsessivo compulsivo.
Selos,
relógios, chapéus, autógrafos, miniaturas, filmes, postais, caixas
de fósforos, carrinhos, bonecos, moedas antigas, figurinhas,
revistas em quadrinhos, livros, souvenirs, dedais, chaveiros,
cadernos... A lista de objetos de coleções comuns por aí é tão
extensa como a lista das razões que levam as pessoas a iniciarem e
ampliarem cada vez mais suas coleções.
Alguns
colecionadores, começam seu hobby pelo simples prazer de reunir
itens, enquanto outros buscam uma maneira de relaxar nas horas vagas.
Desestressar.
Há
aqueles, que se iniciam na atividade de maneira despreocupada,
juntando objetos sem maiores pretensões, até descobrirem o prazer
da prática e não conseguem ou não querem mais parar.
Há
ainda quem comece por um fato específico, como ao ajudar os filhos
colecionadores ou ao descobrir e desfrutar de uma coleção de outra
pessoa.
No
entanto, em determinadas ocasiões, o desejo de colecionar, em
princípio prazeroso e inofensivo, pode se transformar em um
transtorno psicológico caso sejam ultrapassados certos limites, como
acaba de demonstrar uma recente pesquisa feita por especialistas da
Universidade de Granada, na Espanha.
Do
hobby à obsessão
Quando esta atividade é cultivada de forma controlada, colecionar objetos é benéfico do ponto de vista psicológico, já que permite desenvolver habilidades e atitudes muito positivas para o indivíduo, como a perseverança, a ordem, a paciência e a memória, explica a professora Francisca López Torrecillas, do Departamento de Personalidade, Avaliação e Tratamento Psicológico da Universidade de Granada.
Mas,
segundo a especialista em dependência, colecionar objetos também
pode se transformar em um problema, já que "a excessiva pressão
e o bombardeio publicitário para promover todo tipo de coisas
colecionáveis pode fazer com que as pessoas com tendência a sofrer
um transtorno obsessivo compulsivo desenvolvam esta patologia
psicológica".
A
professora afirma que nos últimos anos "foi detectado um
aumento muito grande" de casos em que o colecionismo exagerado
gerou um Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) ou um vício nas
compras. "Colecionar objetos de maneira exagerada é um sintoma
do TOC, um grave problema psicológico (que tem como uma de suas
variantes a 'Síndrome de Diógenes', que é acumular grandes
quantidades de lixo dentro de casa), e da dependência do ato de
comprar, duas doenças mentais que afetam aproximadamente 12% da
população".
Segundo
Francisca, "características como uma excessiva necessidade de
controle, o perfeccionismo e a meticulosidade são muito frequentes
nas pessoas que têm como hobby colecionar objetos, mas também estão
muito relacionadas com os transtornos psicológicos mencionados".
Para
a pesquisadora, o colecionismo pode se transformar em obsessão - e,
portanto, em um problema - "naqueles sujeitos que apresentam uma
vulnerabilidade pessoal", isto é, "têm baixa autoestima,
dificuldade de se relacionar e de lidar com obstáculos".
Quando
surge este sentimento de ineficácia pessoal, "o colecionismo
compulsivo os ajuda a se sentir melhor", segundo a especialista.
No entanto, Francisca diz que ainda é necessário "aprofundar
os estudos sobre este âmbito de pesquisa".
Fonte:http://saude.terra.com.br/colecoes-hobby-ou-transtorno-saiba-mais,82788c3d10f27310VgnCLD100000bbcceb0aRCRD.html
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